OITO RAZÕES PARA A MANUTENÇÃO DOS CONCURSOS
- Ao contrário do que foi publicado pela mídia leiga, os concursos do Executivo federal não foram linearmente suspensos. Apenas haverá uma reavaliação de todos os processos, e as exceções serão tratadas caso a caso. Em outras palavras, haverá maior rigor nas autorizações, acreditando-se que no segundo semestre a situação ficará mais cômoda.
- Apesar dos concursos dos últimos anos, as necessidades de reposição de pessoal ainda são muito grandes em setores essenciais, e as seleções democráticas são exigência constitucional consolidada.
- Medida semelhante foi anunciada várias vezes, mas as dificuldades foram logo superadas.
- Aumento da precarização em órgãos fundamentais seria um gargalo para o crescimento da economia e a distribuição da renda.
- Se setores prioritários continuarem sem concurso, para evitar sua paralisação seria preciso apelar para contratações precárias, como a terceirização, proibida nas atividades-fim e que custa até o triplo da contratação efetiva.
- A previsão é que cerca de 40% dos servidores tenham condições de aposentadoria até o próximo ano. Além disso, exonerações são rotineiras.
- Se o governo adiar por muito tempo as nomeações e a validade dos concursos não for prorrogada o suficiente, haverá uma enxurrada de ações judiciais, com decisões favoráveis aos candidatos, pois as sentenças sempre consideram certo o direito à posse, dentro das vagas oferecidas, mesmo que os editais indiquem o contrário.
- Não são poucos os casos em que o concurso é obrigatório por força de lei ou de sentença judicial, com prazos já vencidos. É o que ocorre na Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e nos hospitais universitários, por exemplo.
CONCURSOS SEM RESTRIÇÕES
- Poder Judiciário
- Poder Legislativo
- Fundações, organizações sociais e empresas estatais e de economia mista
- Funções relacionadas aos programas sociais, que estão em expansão
- Forças Armadas
- Governo do DF, estados e municípios
- Eventuais necessidades inesperadas
ÁREAS COTADAS PARA EXCEÇÃO
INSS - A presidente Dilma pediu celeridade na construção e inauguração de 720 agências. Foram pedidas 10 mil vagas de técnico e analista.
Segurança pública - PRF e PF precisam ampliar seus quadros policiais e administrativos, ainda mais face à Copa do Mundo e aos Jogos Olímpicos. É questão de segurança nacional.
Educação - Principalmente para as dezenas de escolas técnicas que estão sendo implantadas pelo país afora.
Fiscalização - Se o setor for negligenciado, cairá a arrecadação, tornando inócuo o corte orçamentário.
Turismo e esportes - Principalmente devido aos megaeventos programados para os próximos anos.
Fonte: Folha Dirigida